O goiano Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos, acusado de assassinar e esquartejar a estudante inglesa Cara Marie Burke, vai prestar depoimento na quarta-feira da semana que vem ao juiz da 1ª Vara Criminal de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara. Hoje, a Justiça ouviu seis testemunhas do caso, entre elas, Domingos de Assis Leal, o porteiro do prédio em que o acusado morava e que o viu arrastando a mala em que o tronco do corpo da inglesa foi encontrado. Também foram ouvidas testemunhas de acusação e de defesa
O juiz também decidiu hoje suspender, por dois anos, o processo contra Cristiano Carvalho da Silva, de 27 anos, quem cedeu o carro para Mohammed D'Ali esconder o corpo da inglesa, de 17 anos, assassinada na capital do Estado há quatro meses. No período, Cristiano não poderá freqüentar lugares que vendem ou oferecem bebidas alcoólicas. Também não poderá deixar a cidade por mais de dez dias ou mudar de endereço sem informar as autoridades, previamente. Além disso, ele terá de comparecer, até o dia 10 de cada mês, à Justiça para informar sobre o que faz
Hoje, em depoimento ao juiz, o comandante Cláudio de Oliveira Silva confirmou que Mohammed tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 70 mil, no momento em que foi preso. "Ele não se mostrou arrependido e ainda fez várias ofertas para deixá-lo ir, livre", disse o comandante, que chefiava a equipe da Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam), uma tropa de elite da Polícia Militar (PM) de Goiás
Apesar da gravidade da acusação, testemunhas de defesa como Helen de Matos Victoy, namorada de Mohammed, tentou melhorar a imagem dele diante do juiz. "Ele não era agressivo", afirmou, após confirmar que o uso de drogas não era algo recente na vida do rapaz. Mohammed é acusado de arquitetar a morte da inglesa, há quatro meses, quando Cara Burke ameaçou denunciar seu envolvimento e consumo de drogas