O mercado de trabalho encolheu nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, no ano passado em comparação a 1998, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada em conjunto pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o levantamento, 42,9% do total de desempregados (1 5 milhão), no ano passado, eram negros ante 40,8%, em 1998. O mesmo percentual entre os que não se declararam negro alcançou 59,2% , em 2007, contra 57,1%, em 1998. Os dados indicam ainda que "um terço da População em Idade Ativa e da População Economicamente Ativa eram negros em relação aos não-negros que representam 64% destes contingentes.
A avaliação técnica mostra que tradicionalmente os negros entram no mercado de trabalho mais cedo do que os não-negros e permanecem por mais tempo, fato associado a um tipo de inserção mais frágil, muitas vezes, relacionada a menor qualificação profissional, o que leva auto-ocupação ou ao emprego doméstico e construção civil, em que a remuneração e o valor da aposentadoria costumam ser insuficientes para suprir os gastos da família.
Quanto ao nível de escolaridade, a pesquisa indica que há mais negros do que não-negros classificados como analfabetos, embora em ambos os casos diminuiu a população que não sabe ler e escrever. Em 2007, os negros analfabetos somaram 7,7% ante 11,2% em 1998 , enquanto os não negros, 3,9%, contra 5,7%, em 1998.