Grupos de teatro do Oprimido de Goiás, da Bahia, do Distrito Federal e de Alagoas retrataram, nesta sexta-feira (14/11) no Teia Brasília 2008, diferentes formas de opressão que fazem parte da realidade de suas regiões. As apresentações ocorreram do segundo dia do encontro que reúnde, em Brasília, 850 representantes de Pontos de Cultura de todo o país.
O grupo de Goiás, apresentou a platéia a temática da violência sexual contra uma menina, o do Distrito Federal, o preconceito contra uma mulher gorda e o da Bahia a distinção nos atendimentos em hospitais, para quem tem ou não plano de saúde.
Para o representante do Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro, Geo Britto, o Teia é uma oportunidade de mostrar para as pessoas que elas também podem realizar o seu trabalho cultural. ;A gente acredita que todo ser humano é produtor de cultura;. Segundo Geo, o Teatro do Oprimido trabalha com a realidade das próprias pessoas. As opressões de cada um. ;Por isso a multiplicação é importante, no Brasil nós temos 300 multiplicadores espalhados por 18 estados;, explicou.
Outro destaque da programação foi o grupo de Cultura da Paz que mobilizou a platéia em uma dinâmica para estimular as pessoas a experimentar o sentimento contrário a violência. ;Queremos encontrar a calma em nosso interior e através dessa calma transmitir a paz para o mundo de fora;, afirma a equatoriana integrante do grupo, Verônica Campos.
Com placas de papel penduradas no pescoço ;TAS: Troca de Abraço Solidário; ou ; Sorriso de Graça; o grupo recebia o público na entrada do Museu Nacional. Composto por 25 pessoas de países como Brasil, Equador, Chile e Argentina, o grupo viaja pela América para difundir a Cultura da Paz, ;Somos nômades, já moramos em oito estados brasileiros. Em cada lugar fazemos essa experiencia por meio de oficinas e apresentações culturais;, contou Verônica.
Os Pontos de Cultura são vinculados ao Programa Cultura Viva, da Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura.