Em greve desde o dia 16 de setembro, os policiais civis de São Paulo afirmam que a proposta do governador José Serra é vista com maus olhos pelas entidades que representam a categoria. "Serra pediu cárater de urgência e agora ele pode aprovar o projeto para os policias em até 15 dias", explica Renato Flor, assessor de comunicação das Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adesp).
Segundo o assessor, o maior motivo de descontentamento não foi apenas o reajuste de 6,5% previsto para janeiro de 2009 e mais 6 5% a partir de janeiro de 2010: "O projeto apresentado Assembléia Legislativa precisa de sérios ajustes, como a regulamentação dos critérios de promoção. Deve ser promovido quem tem capacidade, profissionalismo e mérito e não quem é amigo do amigo, como acontece hoje", afirma.
Ainda de acordo com o assessor, os policiais querem que a corporação o seja para servir ao Estado e não aos governos. Para isso, é preciso que o projeto a ser aprovado na Assembléia Legislativa garanta a desveiculação da instituição do governo. "Eles afirmaram que quem está na polícia tem que estar de acordo com o governo. Não, quem está na polícia tem que entender de direito e estar preparado para atender a população, que não está interessada se você é do PT ou do PSDB".