A aposentada Maria Feliciano da Conceição, de 85 anos, morreu na noite de quinta-feira (30/10) no Pronto Socorro Central da Praia Grande, na Baixada Santista, após ter sido agredida por Evandro Silva Dias, que aguardava atendimento psicológico no local. Segundo a neta da aposentada, a dona de casa Michelle França Cartura do Nascimento, afirmou que Evandro entrou no local e deu socos na vítima. "Ele simplesmente entrou na emergência, mirou nela e deu socos no tórax e na face", disse. Evandro morreu horas depois.
A aposentada estava internada na emergência desde domingo, com insuficiência respiratória. Ela estava bastante debilitada e, de acordo com a neta, só não foi para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) por falta de vaga. "A gente já estava se preparando para o óbito, mas não da maneira que foi", conta Michelle. Na mesma noite, a família registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Sede de Praia Grande.
O agressor chegou a ser autuado em flagrante por homicídio, porém, ele permaneceu no complexo hospitalar, escoltado pela polícia, e morreu hoje na ala de psiquiatria do Hospital Irmã Dulce. Os médicos não divulgaram a causa mortis do paciente, de 44 anos. Como o falecimento aconteceu menos de 24 horas após a internação, o corpo teve que ser encaminhado para Serviço de Verificação de Óbito (SVO), no hospital Guilherme Álvaro, em Santos, litoral paulista. A suspeita é de que ele tenha tido uma parada cardíaca após outro surto.
O irmão do paciente, o chefe de segurança Edmilson Silva Dias, afirmou que a família aguarda explicações da perícia médica. "A esposa dele viu que estava com a costela quebrada e hematomas, agora vamos esperar o resultado do Guilherme Álvaro."
Segundo ele, embora o irmão tenha sofrido distúrbios psicológicos há 13 anos, não apresentava agressividade. "Ele falava demais, brincava demais, mas foi feito um tratamento e ficou bom. Dessa vez ele estava agressivo, daí deu entrada no hospital e infelizmente teve a negligência da Santa Casa", disse Edmilson Dias, completando que seu irmão levava uma vida normal, era casado e trabalhava em uma empresa de segurança. A Secretaria de Saúde Pública determinou a instauração de sindicância no hospital parar apurar possíveis responsabilidades. A família de Maria pretende processar a prefeitura.