Ao receber a notícia da primeira gravidez aos 42 anos, a paulistana Maria (nome fictício) estreou o grupo de mulheres beneficiadas pelo Sistema Único de Saúde ;hi-tech;. Ela foi a primeira paciente a engravidar por doação de óvulos no serviço público de reprodução assistida, implantado há menos de dois meses no Hospital Estadual Pérola Byington.
;Desde que o sistema começou, essa foi a terceira paciente submetida à técnica e a primeira a ter êxito;, diz Mário Cavagna diretor da clínica de reprodução assistida do Pérola, onde é feita a ;ovodoação;. ;Tanto a doadora quanto a receptora são pacientes do hospital, pois para doar o óvulo é preciso que a mulher tome remédio para estimular a produção de hormônio. A retirada é por meio de cirurgia".
Foram criados ambulatórios para atender separadamente quem doa e quem recebe os óvulos, para garantir o anonimato que a situação exige. ;Esse tipo de doação é vantajosa para todas. Quem recebe tem a oportunidade de driblar a deficiência na produção de óvulos. Quem doa diminui o tempo de espera na fila e inicia junto com a receptora o processo de fertilização in vitro;, conta a diretora do Departamento de Infertilidade Conjugal, Nilka Donadio.