Um estudo realizado pela ONG Criança Segura apontou a existência de diferença significativa entre a percepção das mães e a realidade dos acidentes infantis, principalmente os acidentes domésticos. Pela conclusão do estudo, ;as mães parecem estar mais preocupadas em serem capazes de solucionar os problemas do que agir preventivamente;. Em outras palavras, é como se ignorassem, pelo menos em parte, potenciais riscos domésticos, como o manuseio por crianças de produtos de limpeza ou brinquedos sem certificação.
O estudo cruzou dados oficiais de mortes e hospitalizações de crianças de 0 a 14 anos com as visões de mundo das mães, fornecidas por meio de grupos de discussão. Foram formados quatro grupos, com até dez mães cada um, em quatro capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba.
;Muitas vezes, as mães só se dão conta do perigo quando vêem um caso na TV, como quando uma criança cai da janela;, afirma Luciana O;Reilly, coordenadora nacional da ONG Criança Segura. ;Houve diferença da percepção e da realidade. Os acidentes são subestimados (pelas famílias).; As quedas, por exemplo, lideraram o número de hospitalizações de crianças de 0 a 14 anos no Brasil, em 2005, e aparecem entre as cinco principais causas de morte.
Queda
No domingo, uma criança de 4 anos caiu do quarto andar de um prédio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no Jardim São Luís, na zona sul de São Paulo. Levado ao pronto-socorro Hospital Municipal Doutor Fernando Mauro Pires Rocha, no Campo Limpo, e está internada em estado grave.