A Polícia Federal prendeu cinco servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Paraná, durante a Operação Encosto, deflagrada em conjunto com o Ministério da Previdência Social e o Ministério Público Federal. A PF informou que cerca de 300 benefícios apresentaram indícios de fraude. O prejuízo aos cofres da Previdência Social é de cerca de R$ 3,5 milhões e o desfalque chega a aproximadamente R$ 171 mil por mês.
A operação visa a desarticular uma quadrilha que atuava desde 2004 na Agência da Previdência Social no município paranaense de Cornélio Procópio e fraudava aposentadorias por tempo de contribuição, por idade e pensão por morte.
De acordo com a PF, a Justiça Federal em Londrina expediu 14 mandados de busca e apreensão, cinco de prisão temporária e cinco de prisão preventiva. Os agentes cumprem os mandados nas cidades paranaenses de Cornélio Procópio, Abatiá e Itambaracá.
"O grupo era composto por um intermediário de segurados do INSS que pretendiam obter algum benefício previdenciário. Ficava sediado em Abatiá, por membros de sindicatos de trabalhadores rurais da cidade e também de Itambaracá e por servidores do próprio INSS, lotados na Agência da Previdência Social na cidade de Cornélio Procópio", diz trecho da nota divulgada pela PF.
Segundo o órgão, os envolvidos fraudavam a Previdência convertendo irregularmente o tempo de atividade comum em especial e contando tempo de atividade rural inexistente, entre outros procedimentos.
De acordo com a Polícia Federal, os investigados serão indiciados pela prática dos crimes de estelionato qualificado, formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e advocacia administrativa.