Jornal Correio Braziliense

Brasil

Aberta sindicância sobre morte de mulher que fazia cirurgia de lipoaspiração

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O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Luiz Fernando Moraes, afirmou na manhã desta sexta-feira que vai abrir uma sindicância para apurar a morte da funcionária pública Janaína de Freitas da Silva, de 34 anos, que morreu na tarde da quinta-feira durante uma cirurgia de lipoaspiração na Casa de Saúde e Maternidade Monte Sinai, na Zona Norte. Revoltado, o marido de Janaína, Roberto Neves da Fonseca, de 52, afirmou que ouviu do médico que a morte dela foi uma fatalidade. Ele questionou ainda se Janaína recebeu o atendimento correto, e afirmou que a Casa de Saúde não possui CTI. Segundo o presidente do Cremerj, as clínicas que fazem cirurgia plástica não são obrigadas a possuir CTI. Apesar disso, a clínica deve possuir os equipamentos de emergência. Luiz Fernando Moraes afirmou ainda que só uma sindicância poderá dizer o que houve. A clínica amanheceu nesta sexta-feira com as portas fechadas, e só podia entrar quem se identificava. A informação é que os responsáveis só vão se pronunciar depois que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) for divulgado. Segundo a 38ª DP (Irajá), onde o caso foi registrado, o delegado pediu um exame cadavérico para detectar a causa da morte. O resultado deve sair em 20 dias. Janaína era casada, tinha uma filha de 5 anos e trabalhava no setor administrativo do Hospital Geral de Bonsucesso, no subúrbio. Segundo o marido dela, Janaína decidiu fazer a cirurgia há cinco anos e estava animada. A família contou ainda que o desejo dela era usar biquini na praia, e que ela não tinha problemas de saúde. Janaína será enterrada nesta sexta-feira, no Cemitério de Inhaúma.