O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) organizou hoje um protesto em frente ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte da capital fluminense, em repúdio às declarações do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) que chamou de "vagabundos" e "safados" os médicos que faltaram ao plantão do último fim de semana. Cerca de cem pessoas, com faixas em que reivindicavam melhores salários, participaram do ato. Na semana que vem a categoria decide se entrará em greve.
A falta dos cinco profissionais de saúde provocou um caos na emergência do hospital. Por outro lado, os médicos reclamam dos baixos salários, sobrecarga de trabalho e falta de equipamentos. De acordo com o Sindicato dos Médicos (SinMed), os cinco profissionais que faltaram estavam com salários atrasados e contratos vencidos. A Secretaria Estadual de Saúde afirmou, em nota divulgada ontem, que foi feito o pagamento à cooperativa que contrata médicos para o governo
O governador Sérgio Cabral não recuou em sua declaração, mas afirmou que a partir da semana que vem os hospitais, o sistema do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os postos de saúde 24 horas terão mais médicos e enfermeiros, aprovados no concurso do Corpo de Bombeiros. A presidente do Cremerj, Márcia Rosa Araújo, confirmou que entrará na Justiça contra o governo em razão da declaração de Cabral