A Polícia Federal (PF) realizou uma operação para busca e apreensão de documentos e equipamentos na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Cumprindo uma solicitação da Justiça Federal, a PF foi nesta quinta-feira (18/09) a alguns setores da universidade localizados em São Paulo, e também ao Hospital São Paulo e à sede da Sociedade Paulista de Desenvolvimento da Medicina, organização que administra o hospital.
Segundo a Procuradoria da República em São Paulo, que pediu a busca e apreensão, os objetos recolhidos pela PF serão utilizados na investigação dos supostos crimes de estelionato, peculato e falsidade ideológica.
A Procuradoria informou que notícias divulgadas pelo telejornal SPTV, da Rede Globo, apontam que professores e funcionários da universidade aparecem na lista de funcionário do Hospital São Paulo, mesmo sem ter prestado serviço à instituição. De acordo com o telejornal, até servidores aposentados e mortos estariam sendo remunerados.
Em nota, a Unifesp esclarece que a investigação está relacionada à presença de servidores da universidade no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do Sistema Único de Saúde (SUS), no qual apareciam como prestadores de serviço ao Hospital São Paulo. Ainda conforma a nota, constar do CNES não implica em pagamento de salários nem afeta o total de recursos repassados pelo SUS ao hospital, que recebe de acordo com os serviços prestados à população, conforme o Ministério da Saúde.
A Unifesp reitera que "o fato não implica em nenhum prejuízo financeiro ou tributário - só existe uima fonte pagadora, neste caso o Ministério da Educação (MEC) - aos servidores e que a presença na lista não significa dupla jornada de trabalho ou pagamentos indevidos de qualquer espécie".