Cerca de 80% dos policiais civis aderiram paralisação da categoria, que ocorre desde ontem (16) em todo o estado de São Paulo. O balanço foi divulgado hoje (17) por Renato Flor, assessor de comunicação da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp). O número, segundo ele, é o mesmo de ontem, com adesão maior de policiais no interior do estado.
Os policiais civis reivindicam, entre outras coisas, reposição das perdas salariais acumuladas nos últimos cinco anos, incorporação das atuais gratificações e adicionais aos vencimentos, fixação da carga horária semanal, reestruturação da categoria e aposentadoria especial.
A paralisação é por tempo indeterminado e só vai terminar, de acordo com Renato Flor, quando o governo aceitar abrir negociação, o que não ocorreu até o momento. O governo é quem decide, disse ele Agência Brasil.
Em sua página na internet - www.adpesp.com.br - a Adpesp informa que apenas casos de emergência estão sendo atendidos pelos policiais, o que incluiria as prisões em flagrante.
Nas unidades com carceragem, por exemplo, não estão sendo realizados serviços de escoltas de presos e atendimento de advogados. Já nas delegacias, registros de ocorrências tais como perda de documentos ou roubo de veículos não estão sendo atendidos. Nos Detrans (Departamento de Trânsito) a emissão de carteiras de habilitação, realização de exames ou licenciamento de veículos só são realizados atendendo-se a 30% do total de serviço de atendimento.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse ainda não ter feito um balanço sobre a paralisação dos policiais civis no estado. Há, em todo o estado paulista, de acordo com o assessor da Adpesp, cerca de 35 mil policiais civis