Pelo menos 10% das delegacias da cidade de São Paulo estão com atendimento parcial, com 80% do efetivo trabalhando, por conta da greve da Polícia Civil iniciada às 8 horas desta terça-feira (16/09), segundo informações do presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sipesp), João Rebouças. A paralisação, por tempo indeterminado, atinge também 65% das delegacias do interior, segundo Rebouças.
O movimento engloba delegados, investigadores, escrivães e peritos, e visa melhores condições de salário e de trabalho. Entre as reivindicações da categoria estão uma reposição salarial de 60% dos últimos cinco anos e incorporação das gratificações do governo ao salário, inclusive dos aposentados, segundo o presidente do sindicato. "Pedimos também melhores condições de trabalho para podermos atender melhor a população", conclui.
De acordo com o presidente do Sipesp, os policiais que já aderiram à paralisação estão seguindo orientação da cartilha da greve e estão atendendo apenas casos mais graves, como flagrantes, assaltos, roubos, seqüestros e homicídios. De acordo com Rebouças, casos como furtos e perdas de documentos estão sendo feitos pela internet. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que não tem um balanço do funcionamento das delegacias.