São Paulo - No dia em que se comemora a Independência do Brasil, professores do Instituto Henfil, uma organização não-governamental que oferece cursos gratuitos de preparação para vestibulares, decidiram tornar mais dinâmico o ensino de história aos alunos. Eles acompanharam grupos de estudantes em visita ao museu da Universidade de São Paulo, o Museu do Ipiranga, no Parque da Independência, na zona sul da cidade.
As aulas começaram no fim da manhã, em frente ao prédio erguido em 1890, 68 anos depois do Grito da Independência, uma obra do arquiteto italiliano Tommaso Gaudenzio Bezzi.
Antes de entrar para o local onde estão dispostas as peças do acervo - 125 mil unidades, entre objetos e papéis que marcam a história não só do período da Independência, como da fase que vai até o século 20 - a professora Cibelle Camacho alertou os alunos com relação a distorções sobre os fatos. ;Vocês têm de pensar que apesar de todas as glórias dadas à monarquia pela independência, o grande herói paulista é a figura do bandeirante. Eles estão aqui mostrados, todos pomposos. Mas não era bem assim naquela época. Na verdade, eles não tinham sapatos e mal tinham roupas;, disse Cibelle.
O professor Paulo Sérgio defendeu que o espaço deve ser bem preservado porque simboliza o momento em que o Brasil se libertou de Portugal. O Grito da Independência, lembrou, foi ;uma atitude ousada de D. Pedro que reagiu até à ordem de prisão expedida pela Côrte de Lisboa, caso não voltasse àquele país.
Segundo ele, isso representou a ruptura política que originou a Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. "Um pouco dessa história é que queremos levar aos estudantes;, disse o professor.