A violência policial contra moradores de comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro é um dos pontos contra os quais o Grito dos Excluídos protestará neste domingo (7/09). A manifestação, realizada há 14 anos, reúne diversas entidades populares em todo o país durante as comemorações do Dia da Independência. No Rio, a concentração está marcada para as 8h, na esquina das Avenidas Uruguaiana e Presidente Vargas, no centro da cidade.
Segundo o membro da comissão organizadora do Grito Leo Haua, integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), este é um momento único que precisa ser usado pelos movimentos sociais para denunciar as injustiças sociais.
Há alguns anos vem se desenvolvendo uma crise econômica no estado e com isso também cresce a violência do estado contra quem mais sofre com essa crise: a juventude negra das favelas principalmente, os desempregados, os camelôs, que vem sendo criminalizados pelo sistema, afirmou em entrevista Agência Brasil.
Haua destacou que os participantes da manifestação também vão protestar contra a criminalização da população pobre e dos movimentos sociais. Aproveitaremos o Dia da Independência para chamar a atenção da sociedade para essas questões fundamentais, acrescentou.
Neste sábado, alguns protestos serão realizados em diversas partes da cidade, em preparação para a manifestação de amanhã (7), que, de acordo com os organizadores, deve reunir entre 800 e 1,2 mil pessoas.