O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou queda de 63% na área de floresta amazônica desmatada por corte raso ou degradação progressiva de junho a julho. Dados do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) divulgados hoje mostram que em julho foram desmatados 323 km quadrados de mata, área equivalente à capital mineira, Belo Horizonte. O Estado mais devastado foi o Pará, que perdeu 235,6 km quadrados de floresta. Com poucas nuvens, o satélite conseguiu captar imagens de 81% da região. Em junho, 870 km quadrados haviam sido devastados.
O índice de julho é o menor desde março, quando foram detectados 145 km quadrados de área de desmatamento. No entanto, neste período, apenas 22% da Amazônia foi observada pelos satélites, pois a maior parte da região esteve coberta por nuvens.
Em julho foram avaliados 212 alertas de desmatamento. Os chamados indicavam principalmente desmatamentos por corte raso (79,5%) e por degradação florestal de intensidade alta (14,4%). Cerca de 4% dos alertas revelaram desmatamentos de intensidade moderada e leve e apenas 2,7% não apresentaram indícios de desmatamento nas imagens de referência.