A campanha nacional para eliminação da rubéola no Brasil fecha a primeira semana de vacinação com 23 milhões de pessoas vacinadas. O percentual de imunização está 3,1% acima da média (30%) pretendida pelo Ministério da Saúde, mas a quantidade de homens entre 20 e 39 anos imunizados fica abaixo da expectativa do governo. O ministro José Gomes Temporão acredita que a população masculina ; principal alvo da campanha ; têm uma postura menos sensível às políticas de promoção de saúde e espera que, nesta segunda semana, o segmento se sensibilize e vá aos postos. ;O que nós queremos é erradicar a doença e acabar com a possibilidade da síndrome da rubéola congênita. O homem tem que entender que pode transmitir (o vírus) para a companheira, amiga, filha, caso ele não esteja protegido. A mulher pode estar grávida e desenvolver a síndrome;, explica. Apenas 10 das 27 unidades da federação conseguiram cobertura da população masculina acima dos 30%. Segundo o ministro, o resultado exige uma ;reflexão mais detalhada; para não colocar em xeque o percentual de 50% de vacinação planejado para a segunda semana da campanha. Dificuldades regionais Quatro dos sete estados do Norte não atingiram a meta. Roraima tem o menor índice (19,49%) da região. Nem entre as mulheres (23,22%) a meta no estado foi alcançada. De acordo com Temporão, as características da distribuição da população na região exigem grandes deslocamentos das equipes de imunização, o que pode ter dificultado o registro no sistema que traz os resultados da campanha. ;Ainda não dá para dizer se (os resultados) estão efetivamente abaixo ou se são defasagem dos dados;, pondera Temporão. Com exceção de Goiás (26,34%), o Centro-Oeste teve cobertura geral acima da média. Mas, embora o Distrito Federal tenha atingido 32,66% no total de vacinados, a quantidade de homens que buscaram a imunização (27,86%) ficou abaixo da meta. A maior adesão à campanha ocorreu em Santa Catarina, totalizando uma cobertura geral de 51,66%. A mobilização iniciou no dia 9 de agosto e vai até o dia 12 de setembro. Quem não tomou a vacina pode receber a dose em qualquer centro de saúde da rede pública. Mesmo quem já foi vacinado em anos anteriores ou já teve rubéola deve procurar o atendimento. Os imunizados não podem doar sangue por um período de 30 dias.
Ranking da cobertura por estados
Recorde antipólio A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite, realizada em junho, registrou a maior cobertura de imunização dos últimos cinco anos. A cobertura atingiu 97,32%, o que corresponde a 15,4 milhões de crianças até 5 anos. Os números foram divulgados ontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Para o ministro, o resultado é conseqüência das parcerias e do investimento em mídia. ;Houve toda uma disseminação de alerta. Acho que a gente tirou o Zé Gotinha (mascote da campanha) da aposentadoria;, brinca. A meta para a primeira fase da campanha é de 95%, mas há três anos o país não conseguia atingir o percentual pretendido. Os resultados foram de 93,29% em 2007, 94,56% em 2006 e 94,58% em 2005. A segunda etapa foi lançada em 9 de agosto. A campanha tem por objetivo garantir a manutenção da erradicação da poliomielite no Brasil.