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Atendimentos em São Paulo caem pela metade após lei seca

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A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que o número de atendimentos a vítimas em acidentes de trânsito em hospitais estaduais caiu quase pela metade nos dois primeiros meses de vigência da lei seca. De acordo com levantamento da Secretaria, o número de atendimentos foi 49,2% menor nos dois primeiros meses em relação ao período de dois meses imediatamente anterior à entrada em vigor da medida. Na comparação, são cerca de 9 mil acidentados a menos, informou a Secretaria, por meio de nota à imprensa. No período entre 21 de julho a 17 de agosto, os 30 hospitais ligados à Secretaria com serviço de pronto-socorro na região metropolitana de São Paulo realizaram 4.915 atendimentos a vítimas de acidentes. Este número é 46% menor que os 9.102 atendimentos registrados no período de 19 de maio a 18 de junho. Já entre 19 de junho e 20 de julho foram contabilizados 4.449 atendimentos, totalizando 9.364 ocorrências em aproximadamente 60 dias de vigência da nova lei. A lei seca foi sancionada em 19 de junho. A secretaria atribuiu o "ligeiro" aumento no número de atendimentos a acidentados no segundo mês da lei seca ao fato de o número de veículos nas ruas ser maior em agosto, já que julho é mês de férias escolares. Na comparação com o período entre 21 de julho e 17 de agosto do ano passado, a queda no número de atendimentos a acidentados em acidentes de trânsito caiu 44,3%. Naquele período, foram registrados 8.824 atendimentos. "A aprovação da lei seca, a fiscalização rigorosa nas ruas e a grande exposição do assunto na mídia nos últimos dois meses contribuíram decisivamente para que as pessoas começassem a mudar de hábito, evitando dirigir após beber. Com isso os acidentes diminuíram, poupando dezenas de vidas", declarou o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, na nota.