Procurados pela Agência Estado, os consórcios Energia Sustentável do Brasil e Jirau Energia confirmaram a reunião realizada na quinta-feira (14/08) com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Os consórcios, contudo, afirmaram que não iriam se manifestar sobre o conteúdo do encontro, atendendo a um pedido do ministério de Minas e Energia.
Mais cedo, Lobão afirmou que conseguiu fazer com que os consórcios, que disputaram o leilão da usina hidrelétrica de Jirau (no Rio Madeira, em Rondônia), chegassem a um entendimento para evitar uma batalha jurídica em torno do projeto. "Os dois consórcios se entenderam e vão aguardar agora a manifestação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ibama", disse Lobão, afirmando que as empresas acordaram que o que for decidido por estes dois órgãos será acatado.
Segundo Lobão, essa espécie de acordo foi fechada na quinta-feira em reunião entre ele e os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e do grupo Suez no Brasil, Maurício Bähr. A Odebrecht lidera o consórcio Jirau Energia, que vinha ameaçando ir à Justiça para questionar a proposta do consórcio vencedor do leilão, Energia Sustentável do Brasil, liderado pela Suez, de construir a usina de Jirau em um local nove quilômetros distante do que estava previsto no edital. A mudança precisa do aval da Aneel e do Ibama para ser colocada em prática.