Caruaru, no Agreste do estado de Pernambuco, vai adotar uma metodologia inédita para controlar a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti, principal transmissor da dengue. A partir desta quarta, a secretaria municipal de saúde começa a distribuir peixes da espécie beta entre a população. Os animais, que se alimentam de larvas, devem ser colocados nos reservatórios onde há risco de reprodução do mosquito.
A idéia veio do Ceará, onde a idéia foi implementada com sucesso. O projeto de Caruaru vai ser iniciado no bairro Panorama, e depois será estendido por todo o município. Para esta primeira etapa, a Secretaria de Saúde da cidade comprou 5 mil peixes e um reservatório de cinco mil litros de água.
A nova abordagem, de acordo com a prefeitura da cidade, é infinitamente menos custoso do que outras medidas, como a aplicação de inseticidas químicos ou biológicos e não oferece nenhum risco à saúde humana. ;Na relação custo-benefício, só temos benefícios com o novo projeto. Além disso, o método é muito simples e ecologicamente correto;;, comemora o secretário adjunto de Saúde de Caruaru, José Marcolino da Silva. A orientação dada á população é de que os betas podem ser colocados inclusive em reservatórios usados para armazenar água de beber.
Apesar da nova proposta, a aplicação de larvicidas não será interrompida na cidade, já que a colocação dos peixes não pode ser feita em caixas d;água instadas em lugares altos e telhados. Nesses reservatórios, que não contam com tela de proteção no orifício de saída da água, os peixes seriam perdidos .