A cada 45 segundos, um caminhoneiro foi multado por um agente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) nos 100 km² da zona paulistana de restrição de caminhões. Nas primeiras 28 horas de fiscalização, considerando o balanço divulgado até as 17 horas de ontem, houve 2.237 autuações (1.074 apenas ontem). Mas o medo de cometer infrações parou quase totalmente as obras da Linha 4-Amarela do Metrô.
O consórcio Via Amarela alegou ter sido informado por funcionários da Prefeitura de que seus veículos não poderiam circular. Caminhões com concreto, aço, andaimes e outros materiais não chegaram às 25 frentes de escavação. "A obra foi duramente prejudicada pelas medidas", afirmou o diretor da companhia, Márcio Pellegrini. Na tarde de terça (01/07), depois do esclarecimento de que os veículos poderiam trafegar em horários especiais, os trabalhos foram retomados. A Secretaria Municipal de Transportes informou que estuda uma forma de inserir os veículos que prestam serviço para a expansão férrea entre as excepcionalidades da legislação, por causa da importância da obra.
Os condutores de veículos de grande porte podem ser punidos por trafegar em local e horário proibidos com multa de R$ 85,13 - e levam 4 pontos na carteira. A penalidade pode ser aplicada a cada duas horas, se o motorista insistir em circular pela área restrita. No fim desse período, ele terá acumulado 32 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e uma multa de R$ 621,04 - o que significa perder o documento. Se esse mesmo motorista tiver infringido o rodízio municipal de veículos, será punido de novo.
O trânsito, na terça, já não fluiu tão bem quanto no primeiro dia das medidas de restrição a caminhões. Às 15 horas, a CET registrou 69 quilômetros de congestionamento, ante os 31 quilômetros de segunda-feira, no mesmo horário. A Secretaria Municipal de Transportes culpou os cerca de 20 acidentes que atrapalharam o trânsito nesta terça (01/07) em São Paulo.