Os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2007, divulgados nesta sexta-feira (20/06) pelo Ministério da Educação, mostram que as escolas do País melhoraram nos dois últimos anos. Ainda assim, apenas 62 municípios brasileiros podem se orgulhar de ter para turmas de 1ª a 4ª série um ensino público com qualidade de países desenvolvidos, o que significa ter nota 6 (em uma escala de 0 a 10). O governo federal espera ver o País todo alcançar essa média em 2022. Nas turmas de 5ª a 8ª série, os avanços foram ainda menores: apenas duas cidades, Imigrante (RS) e Três Arroios (RS), conseguiram chegar a essa média.
Os resultados do Ideb por municípios mostram um quadro consideravelmente melhor do que em 2005. As notas naquele ano revelaram que apenas 235 municípios conseguiram, na etapa de 1ª a 4ª série, uma nota acima de 5, a partir da qual a rede de ensino pode ser considerada boa. Hoje, são 892. Apenas 10 cidades tiveram então médias acima de 6 naquele ano. Ainda assim boa parte dos municípios brasileiros ainda patina com Ideb abaixo de 4
Na etapa de 5ª a 8ª série, um quarto dos municípios fica com médias abaixo de 3 - uma nota considerada pelo próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, como ;menos do que regular;. De 1ª a 4ª série, a situação, mais uma vez, é melhor. Ainda assim, são 904 cidades com notas 3 ou abaixo ;No geral, acho que ficamos bem. Fiquei muito feliz com os resultados, significa que o sistema finalmente está se movimentando, criou-se uma preocupação com a aprovação, com o currículo, com o que ensinar; disse a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar
Apesar dos avanços nas regiões mais pobres do País, as diferenças regionais ainda se mantêm. Enquanto os bons resultados se concentram no Sul e no Sudeste, são as cidades do Norte e Nordeste que aparecem na ponta de baixo do ranking
Na 8ª série, o pior resultado do País está em Baraúna, no Rio Grande do Norte, com um Ideb de 1,5 - ainda pior do que os meros 2 pontos de 2005. Na ponta de cima do ranking, a pequena cidade paulista de Adolfo, com 3 mil habitantes, tem o mais alto Ideb do País para a 4ª série: 7,7. São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina concentram a maior parte das cidades com os melhores resultados do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo