Jornal Correio Braziliense

Brasil

IBGE: Um em cada quatro domicílios brasileiros ainda não tem acesso ao saneamento básico

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O estudo "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: Brasil 2008" mostra que, apesar do crescimento no número de domicílios atendidos, 24,9% das moradias em área rural no país ainda não têm acesso ao saneamento básico. O levantamento publicado nesta quarta-feira (04/06) com o objetivo de traçar um panorama dos principais temas relacionados ao desenvolvimento sustentável no Brasil. O relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) uniu 60 indicadores das áreas ambiental, social, econômica e institucional do país. O estudo também aponta que a região Nordeste, onde 42,5% dos domicílios na área rural não tem saneamento básico, é a que mais sofre com o problema. Na área urbana, o índice é bem menor: 1,7% dos domicílios não tem acesso ao esgotamento sanitário. De acordo com o estudo divulgado nesta quarta-feira, as regiões Nordeste e Norte são as que apresentam os piores índices com 4,8% e 4,1%, respectivamente. Embora os índices ainda sejam altos, o IBGE destaca que eles vêm caindo. Em 1992, os domicílios que não tinham saneamento básico representavam 49% da zona rural e 6,2% na área urbana. O estado do Maranhão é o que tem os maiores índices do problema. Setenta e cinco por cento dos domicílios na área rural e 16,3% dos domicílios da área urbana não têm acesso ao saneamento básico. Nenhum estado apresenta 100% das residências com esgotamento sanitário, mas alguns se aproximam disso como as zonas urbanas de São Paulo e Rio Grande do Sul e a zona rural do Distrito Federal, com 0,1% dos domicílios sem receber saneamento. Em 2006, último ano da série, mais de 77% dos moradores em áreas urbanas eram providos de rede geral de esgotamento sanitário ou de fossa séptica (unidade de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no esgoto). Ainda segundo o instituto, tem aumentando continuamente o percentual dos atendidos por rede coletora enquanto os atendidos por fossa séptica têm se mantido estável, com tendência de queda. Nos últimos 14 anos, houve um crescimento de nove pontos percentuais dos domicílios atendidos por rede coletora enquanto na zona rural o aumento foi de 1,2%. Os lares com fossas sépticas também registraram um ligeiro crescimento entre 2% e 3%. As informações para este relatório foram produzidas pelo IBGE e retiradas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).