Os postos de vacinação localizados nos aeroportos de São Paulo e no Porto de Santos não funcionam mais. As atividades foram suspensas em Congonhas, zona sul da capital paulista, e em Cumbica, em Guarulhos, anteontem. No Aeroporto de Viracopos, em Campinas, a sala de vacina está fechada há um mês. Não há previsão para a reabertura dos locais, que forneciam imunização contra a febre amarela.
As unidades eram mantidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia, pelo menos, 9 anos. O motivo, alega o órgão federal, é o alinhamento às normas internacionais, que indicam que a vacinação deve ser de responsabilidade dos Estados e municípios. A partir de agora, as salas médicas desses locais passam a fornecer só informações técnicas aos viajantes.
Apesar de não mais vacinarem, os postos dos aeroportos e do Porto de Santos continuam sendo os únicos habilitados a oferecer o certificado internacional para ingresso em países que exigem a vacinação do turista brasileiro. Sendo assim, quem tiver viagem marcada para estes locais deve procurar primeiro uma Unidade Básica de Saúde (UBS), receber a vacina, levar o documento ao aeroporto e então pegar o certificado. Antes, todo procedimento era feito no mesmo local.
O governo paulista critica a decisão, argumentando que ela foi repentina e aumenta a burocracia. Segundo o Centro Estadual de Controle de Doenças, a Anvisa enviou ofício no dia 31 de março, anunciando que na segunda-feira (2 de junho) os postos de vacinação de Congonhas e Cumbica fechariam. Apenas em Congonhas 3 mil doses eram aplicadas por mês. Em Cumbica, outras 1.500. A Anvisa informou que negocia o fechamento das unidades desde abril e que as pessoas podem procurar os outros postos da capital paulista.