Jornal Correio Braziliense

Brasil

RS começa vacinação de reforço contra aftosa

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Começou nesta segunda (02/06) a campanha de vacinação de reforço contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. A previsão da Secretaria da Agricultura é atingir cerca de 5 milhões de bovinos e bubalinos até o dia 30 de junho. Nesta etapa, que complementa a vacinação feita em janeiro, são imunizados animais jovens com até 24 meses. Até os dois anos de idade, os animais precisam tomar quatro doses da vacina para garantir imunidade, explica o chefe de fiscalização da secretaria, Fernando Groff. A vacinação é obrigatória. O pecuarista que não aplicar o medicamento no rebanho pode sofrer multa ou até interdição da propriedade. A exemplo das campanhas anteriores, o Estado distribui gratuitamente vacinas aos pequenos produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com até 50 animais. A secretaria já conta com 500 mil doses para a distribuição e deve comprar mais 1 milhão nos próximos dias. O volume é superior à necessidade nesta etapa, que deve ficar em torno de 1 milhão de vacinas. O excedente será usado na próxima campanha. O diretor do Departamento de Produção Animal (DPA), Cláudio Dagoberto Bueno, lembrou que o trânsito de animais só será permitido após a vacinação. "A partir desta segunda (02/06), as Guias de Trânsito Animal (GTAs) para bovídeos com menos de 24 meses só serão liberadas após a comprovação da vacina", alertou. Em janeiro, o índice de imunização atingiu 95,35% do rebanho. A secretaria está aberta a discutir a possível unificação do calendário de vacinação do Rio Grande do Sul com os demais Estados, mas a decisão tem que ser tomada logo, disse Groff, para dar tempo de preparar a mudança antes de janeiro. A programação inclui compra de vacinas e a mobilização de técnicos, por exemplo, que não podem sair em férias no período de vacinação, explicou ele. O calendário gaúcho foi definido levando em conta principalmente a agricultura, já que em janeiro e junho não há colheita das safras de verão e inverno. Há propostas que defendem a transferência de janeiro para maio, quando a temperatura é mais amena, mas em compensação nesta época o Estado ainda está colhendo a safra de verão.