O consultor jurídico Alexandre Nardoni, acusado juntamente com a mulher Anna Carolina Jatobá pela morte de sua filha Isabella, de 5 anos, se considera injustiçado, graças ao prejulgamento da imprensa. ;O governo fez isso para esconder os problemas que estão acontecendo no País;, desabafou nesta quarta (28/05), na carceragem do Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, enquanto esperava para ser interrogado. Ele afirmou que tem esperança de ser libertado quando o Tribunal de Justiça (TJ) julgar o mérito do habeas-corpus impetrado por seus advogados.
;Quando tudo isso acabar;, disse, com esperança também de ser inocentado da acusação de ter matado a filha, ;quero retomar a minha vida e mudar de Estado;. Ele disse que, em São Paulo, seus dois filhos não podem nem ir à escola. Alexandre comentou que está ;sossegada; a estada na cadeia de Tremembé, que ;não é muito cheia;. Ele disse que está no mesmo lugar ocupado por ex-policiais militares, civis, federais e que está sendo bem tratado.
Antes do interrogatório, seu pai, Antônio Nardoni, disse que o filho está psicologicamente abalado, porque é uma pessoa ;que nunca foi presa, que não tem histórico de agressão;. O principal advogado de defesa, Marco Polo Levorin, afirmou que entregará a lista de testemunhas de defesa à Justiça na segunda-feira, último dia do prazo. Ele pode indicar até 16 pessoas, como fez o promotor Francisco Cembranelli. As testemunhas de acusação devem ser ouvidas daqui a 20 dias, e as de defesa, 20 dias depois.