Anna Carolina Jatobá, acusada pela morte de Isabella de Oliveira Nardoni, disse nesta quarta-feira (28) ao juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, que a acusações contra ela são "totalmente falsas". A declaração ocorreu logo após o magistrado ler a denúncia do Ministério Público Estadual de São Paulo.
Enquanto ele lia o texto, a ré balançava a cabeça, dando mostras de discordar. Em alguns momentos, Anna Carolina chorou compulsivamente. As informações sobre o depoimento foram divulgadas por um assessor do Tribunal de Justiça de São Paulo que acompanha os depoimentos. Alexandre espera sua vez de depor na carceragem do Fórum de Santana
Durante a primeira hora do interrogatório, Anna Carolina descreveu o que aconteceu desde quinta-feira, quando combinou a ida de Isabella ao apartamento da família, na sexta-feira. Chorando, relembrou o que aconteceu no sábado, dia 29, dia em que menina foi jogada pela janela do apartamento, no 6º andar
A madrasta de Isabella repetiu o que havia dito à polícia sobre um desentendimento entre dois pedreiros que trabalharam na reforma de seu apartamento e enfatizou ter perdido as chaves do imóvel alguns dias antes do crime. Também disse que os porteiros tinham cópias das chaves. Anna Carolina negou que houvesse sangue no carro da família ou que tenha havido qualquer discussão no caminho entre Guarulhos e seu apartamento, na zona norte de São Paulo
Durante depoimento, Anna Carolina reforçou que, ao chegarem ao prédio, Alexandre subiu com Isabella enquanto ela e seus dois filhos aguardaram dentro do carro, na garagem. Alexandre desceu e, então, os dois teriam subido juntos, carregando as crianças de 1 e 3 anos. Ao chegarem ao apartamento, contou, Alexandre perguntou por Isabela, pois não a viu na cama. "Deve ter caído da cama", teria respondido a madrasta.
Na seqüencia, segundo Anna, os dois procuraram pela menina no outro quarto. Ela disse ter visto sangue na cama de um dos meninos e a tela de proteção da janela cortada. Foi então que Alexandre se debruçou e viu Isabella caída no gramado do prédio