Os acusados pela morte de Isabella de Oliveira Nardoni, seu pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, vão continuar presos. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), formada por cinco ministros, negou na tarde desta terça-feira (27) o pedido de liberdade apresentado pelos advogados do casal.
No habeas-corpus a defesa pedia, além da revogação da prisão, a anulação da denúncia do Ministério Público Estadual de São Paulo recebida pela Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão foi unânime. Alexandre e Anna Carolina estão presos em Tremembé, interior de São Paulo. Isabella, de 5 anos, foi jogada pela janela do apartamento do pai, no 6º andar do edifício London, na zona norte de São Paulo, na noite de 29 de março.
Os advogados pretendem agora recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), na esperança que o casal, acusado de assassinar Isabella, 5 anos, espere o julgamento em liberdade.
Contestação
Ontem, dois legistas contratados pela família Nardoni contestaram os laudos feitos pelos peritos da Polícia Científica de São Paulo e hoje a presidente da Associação dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo, Maria do Rosário Seraphin, disse que irá interpelar judicialmente o médico-legista George Sanguinetti, que assinou o parecer sobre os laudos da morte de Isabella com ataques à equipe de legistas que atuaram no caso. No relatório, ele diz que o trabalho foi "medíocre" e "cheio de falhas".
Segundo Maria do Rosário, a Associação de Peritos quer que os peritos contratados dê mais explicações sobre os laudos e faça uma retratação pública. Se isso não acontecer, a associação pretende processar o legista por injúria, calúnia e difamação. Amanhã, Alexandre e Anna Carolina deverão ser ouvidos pelo juiz Maurício Fossen, o mesmo que mandou prender o casal suspeito.