O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou habeas corpus ao advogado Flávio Carino Guimarães, apontado pela polícia do Rio como o chefe de um esquema de disque-drogas na zona sul da cidade. Guimarães está preso desde o último dia 13, quando foi encontrado em Ipanema. Ele permanece nesta sexta-feira no Polinter.
O advogado nega participar do esquema e afirma que é vítima de uma retaliação por ter conseguido prender policiais que, segundo ele, espancaram um de seus clientes em uma prisão do Rio.
Guimarães foi denunciado pelo Ministério Público como o chefe da quadrilha que foi desarticulada no dia 31 de janeiro deste ano, na operação Lâmina 2, da Polícia Civil do Rio. Na ocasião, todos os supostos componentes do grupo, entre empresários e taxistas, foram presos, mas Guimarães consegui fugir.
Na decisão, o ministro do STJ Hamilton Carvalhido, que julgou o caso, justificou que não houve ilegalidade na prisão de Guimarães, conforme alega a defesa do acusado.
Segundo as investigações feitas ao longo do ano passado pela DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), o grupo utilizava um rede de distribuição que inclui taxistas. Eles atuavam como "aviõezinhos" e entregavam a cocaína em bairros da zona sul do Rio, principalmente Laranjeiras e Botafogo.
Para descobrir o esquema, policiais disfarçados de passageiros instalaram aparelhos de GPS (sistema de posicionamento global) dentro de dois táxis que faziam a entrega da cocaína. Eles conseguiram monitorar o itinerário que o grupo fazia para distribuir a droga.