Depois de um ano do acidente automobilístico que vitimou três parentes do cantor Zé Ramalho, os familiares das vítimas participaram nesta quarta-feira da segunda audiência sobre o caso, que tramita na Justiça paraibana. Treze testemunhas arroladas no inquérito policial foram ouvidas pelo juiz Marcos William de Oliveira, no Fórum Criminal da Capital. Uma nova audiência foi marcada para o dia 4 de julho, as 8 horas, no mesmo local. Na ocasião serão ouvidas apenas as testemunhas de defesa.
O acidente, ocorrido no dia 6 de maio de 2007, resultou na morte de Francisco Guerra Ramalho (Shuka), Antonio de Pádua Guerra Ramalho e o estudante Matheus Ramalho. Para Ana Paula Ramalho, ontem foi um dia importante para a conclusão deste caso.
"Hoje significa mais um passo a caminho da vitória. Todas as provas que estavam no processo foram comprovadas", frisou. Ana Paula é viúva de Shuka,
na época com 40 anos, mãe de Matheus, morto aos 16 anos de idade e cunhada
de Antônio de Pádua Guerra Ramalho, que morreu aos 53 anos.
O acusado pela morte das três vítimas, João Paulo Guedes Meira, responde o processo em liberdade. Ele e parentes também compareceram à audiência de ontem. João Paulo Guedes Meira dirigia o veículo que se chocou com o carro Pálio da família Ramalho. No dia do acidente, ele prestou depoimento na 3ª Delegacia Distrital da Capital, pagou fiança de R$ 1,5 mil e foi liberado para responder o processo em liberdade.
No veículo onde morreram as três pessoas da família Ramalho ainda estava o outro filho de Ana Paula Ramalho, Roberto Neto. Ele sobreviveu, mas ficou gravemente ferido. Roberto Neto passou por cirurgias e teve que colocar uma prótese na coluna para fixá-la e evitar a perda dos movimentos dos membros inferiores.
Um dos grandes desejos dos parentes das vítimas é que o caso seja levado a Júri Popular. Mas esta decisão só terá tomada quando o juiz analisar todas as audiências referentes ao caso. Ana Paula Ramalho disse que nunca perdeu a fé na Justiça. "João Paulo tem que pagar pelo que cometeu. Temos fé em Deus de que a Paraíba vai dar o exemplo e punir o culpado por este crime bárbaro" , frisou.