Os motoristas e cobradores de ônibus da capital decretaram em assembléia, nesta sexta-feira, estado de greve. A categoria, no entanto, não marcou dia para a paralisação. De acordo com Naílton Souza, coordenador do sindicato da categoria, os trabalhadores pretendem, a princípio, cumprir a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) de não paralisar a frota. O TRT-SP determinou que 80% dos veículos devem ficar em circulação durante o dia e 90% nos horários de pico.
De acordo com ele, a assembléia ainda recusou o reajuste de 4,69% oferecido pelas empresas. Os trabalhadores exigem reposição das perdas salariais de 5,54% mais 5% de aumento real.
Na última quarta-feira, os motoristas e cobradores de ônibus cruzaram os braços por 3horas, deixando 1,5 milhão de passageiros sem opção de transporte. Foi a segunda paralisação em 10 dias. No último dia 30 de abril, os cerca de 30 mil motoristas e cobradores de ônibus da cidade retardaram o início de operação também sob o argumento de realizar assembléia nas garagens. Os ônibus não começaram a circular às 4h30, como ocorre todos os dias, e só saíram às ruas a partir de 5h30m, prejudicando milhares de passageiros. Só por volta de 8h a serviço foi regularizado.