O número de multas por desrespeito à Lei do Silêncio triplicou nos últimos dois anos na cidade de São Paulo. As punições por excesso de ruído subiram de 74, em 2006, para 221, em 2007. O mesmo aconteceu com as autuações dadas aos bares que não têm licença para funcionar após 1 hora da manhã, mas que continuam abertos. Pularam de 127 para 412.
O crescimento das reclamações não aumentou na mesma proporção. No ano passado foram 37.114 telefonemas para o Programa de Silêncio Urbano (Psiu), responsável por fiscalizar o excesso de barulho em ambientes fechados na capital paulista. Uma alta de 15% em relação a 2006.
O desrespeito aos ouvidos alheios se tornou fonte de arrecadação para os cofres municipais e de prejuízo para os barulhentos. Foram cobrados R$ 31 milhões em multas de janeiro de 2005 a março deste ano. E 305 estabelecimentos foram fechados por insistirem no erro. A primeira infração varia de R$ 4 mil a R$ 17 mil. Caso o local não tenha alvará, o valor sobe para R$ 25 mil. Se houver reincidência, nova multa de R$ 32 mil e, após 60 dias, o local pode ser interditado.
A contar pelos primeiros três meses deste ano, a tendência é que o rigor continue. Foram 72 multas por excesso de ruído e outras 51 por desrespeito a Lei da 1 hora. A Prefeitura afirma que os campeões do barulho são os bares, restaurantes, casas de show e casas noturnas.