Pouco antes da chegada de Alexandre Nardoni ao 13º DP (Casa Verde), o delegado titular, Reynaldo Peres, afirmou que ele não terá regalias enquanto estiver preso. Ele e a mulher Anna Carolina Jatobá são acusados da morte da menina Isabella, em 29 de março. Nos dois ou três primeiros dias na prisão, Nardoni deve permanecer isolado em uma cela de 2 metros por 1 metro, com apenas um colchão. Após esse período, será transferido para uma das cinco celas comuns, de 5 metros de largura por 5 de comprimento, onde estão os demais 33 detidos. A carceragem é destinada a presos com curso superior. Eles acompanham o caso Isabella por meio da única TV da carceragem.
"Ele (Nardoni) vai ficar sozinho em cela provisória até que não corra mais nenhum risco. Em qualquer cadeia, ele corre risco por causa da comoção social", disse o delegado. Ele explicou que, se Nardoni pedir, pode ser transferido ainda hoje para a carceragem com os outros presos. Mas Peres prefere ter cautela. Todos os detidos estão no mesmo espaço, separados apenas por grades. "Em casos como esse nunca se sabe qual vai ser a receptividade dos presos em relação a ele (Nardoni)", disse.
Apesar da proximidade entre os encarcerados, Peres garantiu que Nardoni, pelo menos no 13º DP, estará seguro. "Não há perigo nenhum. Estou tomando todas as precauções. Eles são cultos, e apesar de haver homicidas, têm respeito pela vida humana."