Os advogados de Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, devem protocolarnesta quinta (08/05) o pedido de habeas-corpus do casal na sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, na região central. Os defensores acreditam que não há base para a prisão preventiva, decretada ontem pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri. O casal, acusado pela morte da menina Isabella Nardoni, se entregou na noite de terça (07/05) no apartamento da família Jatobá, em Guarulhos.
O texto do pedido de habeas-corpus já foi preparado pela defesa nos últimos dias - na noite de terça (07/05), dois advogados redigiam os últimos detalhes do documento, que reafirmará a inocência do casal e a disposição de ambos em ajudar no processo. A defesa também irá alegar que a ;comoção social; citada pelo promotor Francisco Cembranelli e pelo juiz Maurício Fossen não justifica o pedido de prisão. Se o Tribunal de Justiça não conceder novamente liberdade ao casal, Alexandre e Anna Carolina podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado Marco Polo Levorin, principal defensor no caso, acredita que o desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida revogará a detenção. Canguçu, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, concedeu um primeiro habeas-corpus ao casal no dia 11 de abril. ;Não há fundamento para a prisão e conseguiremos provar isso no pedido de habeas-corpus;, disse Levorin. O advogado afirmou, momentos antes que fosse concedida a prisão pela Justiça, que considerava a denúncia do Ministério Público ;vazia, vaga e superficial;.