Uma parceria entre o governo federal, municípios, Corpo de Bombeiros e Forças Armadas vai permitir o reforço da fiscalização para evitar queimadas e desmatamento em parques e reservas ecológicas do Rio de Janeiro. Com a medida, também será possível impedir o sugimento de favelas em áreas de mata.
As ações fazem parte do primeiro plano para combater incêndios e queimadas em parques, lançado nesta terça (06/05) pela Secretaria Estadual do Ambiente. Em dez anos, o estado perdeu 13 mil hectares de florestas com incêndios, o correspondente a três vezes o tamanho da Floresta da Tijuca.
O Rio de Janeiro concentra oito parques estaduais e três reservas ecológicas que, segundo a secretaria, serão monitorados 24 horas.
De acordo com o órgão, serão gastos cerca de R$ 15 milhões com a compra de equipamentos tecnológicos, entre eles um avião de combate a incêndios, para o Corpo de Bombeiros, e um helicóptero, para a Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais.
De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o objetivo é realizar um plano preventivo de ação conjunta para impedir o desmatamento.
"Nós estamos lançando o primeiro plano preventivo que cria uma série de mecanismos de defesa e impede queimadas, sobretudo, na estiagem. Esse mecanismo de defesa vai contar com os guarda-parques, bombeiros que vão atuar dentro dos parques", afirmou Minc.
A iniciativa, segundo o secretário, vai integrar órgãos municipais e estaduais em defesa do meio ambiente, o Corpo de Bombeiros, a Marinha e a Aeronáutica.
"Vamos, pela primeira vez, trabalhar integrados. Antes [o trabalho] era feito muito na base do improviso. Conseguimos recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano e essa integração vai impedir que esses incêndios consumam um esforço enorme de reflorestamento e preservem o que restou da Mata Atlântica", ressaltou.
De acordo com a secretaria, outra medida que será implantada ainda neste semestre é o Disque-Denúncia Verde, um número de telefone com ligação gratuita para que a população possa denunciar crimes contra o meio ambiente.