A empresária Silvia Calabresi Lima e o marido dela, o engenheiro civil Marco Antônio Calabresi Lima, deverão ser indiciados amanhã, pela Policia Federal (PF) de Goiás, pelo crime de redução à condição análoga de escravo da menor L.R.S, de 12 anos. A PF ouviu 25 testemunhas e, segundo o delegado de Defesa Institucional da PF, Raul Alexandre Marques de Souza, o inquérito sobre o caso deverá ser enviado para a Justiça Federal.
Em caso de condenação, Silvia e Marco Antônio Calabresi Lima poderão cumprir um período de dois a oito anos de prisão. Eles também são julgados pela 7ª Vara Criminal da capital goiana, sob acusação de tortura, cárcere privado e omissão, podendo ser condenados a penas que variam de um a 15 anos de prisão.
Há outros três processos em andamentos. Em ação cível pública, que tramita na Justiça Federal, o Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu a condenação da família Calabresi e o pagamento de indenização mínima de R$ 1 milhão, por utilizar de trabalho escravo infantil doméstico da menor LRS e de outras quatro adolescentes: L.C.R., A.A.F., S.D.V. e E.S.F..
Segundo a procuradora Janilda Guimarães de Lima Collo, do Ministério Público do Trabalho (MPT), os valores são baseados em levantamentos sobre o patrimônio dos Calabresi, que teria sido feito junto ao Detran, Junta Comercial e a Receita Federal, todos em Goiás.
Lima Collo também requereu outra indenização, no valor de R$ 1 milhão por danos morais coletivos, para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). E, numa terceira ação, ajuizada nesta segunda-feira, 28, requereu o pagamento de indenização à menor LRS por danos morais e materiais em ação reclamatória trabalhista.