A menina Isabella Nardoni, de 5 anos, que morreu no dia 29 de março após ser atirada de um prédio na zona norte de São Paulo, foi esganada dentro do apartamento. A conclusão foi possível por meio do laudo necroscópico emitido na sexta-feira pelo Instituto Médico-Legal (IML). Na última reunião que tiveram com peritos do Instituto de Criminalística (IC), médicos-legistas disseram que entre o processo de asfixia e a queda de Isabella se passaram apenas sete minutos
O atestado do IML soma-se ao fato de a polícia ter descoberto, pelo aparelho de GPS instalado no Ford Ka da família Nardoni, que o casal Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, permaneceu pelo menos 12 minutos dentro do Edifício Residencial London até a menina ser arremessada do 6º andar. Os dois negam participação no crime
Os legistas concluíram ainda que o pescoço de Isabella foi apertado por três minutos. A agressão fez a criança ficar inconsciente e entrar em estado de agonia, com a diminuição progressiva dos sinais vitais. Apesar disso, Isabella ainda estava viva quando foi atirada pela janela. Foi a queda de 20 metros de altura que determinou sua morte, segundo o laudo do IML. O exame do cadáver revelou ainda que a criança tinha um ferimento interno no lábio, semelhante ao provocado por alguém que tenta calar sua vítima à força. Embora a causa da morte tenha sido por politraumatismo, os legistas detectaram apenas duas fraturas em Isabella - no punho, feita em vida, e na bacia.