Os advogados de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, anunciaram nesta segunda-feira (21) que irão entrar na terça-feira (22) com uma representação junto à Corregedoria da Polícia Civil. O principal motivo, segundo a defesa, foi o fato de o casal ter sido interrogado com base em laudos que não foram apresentados e não constam do inquérito.
;São laudos inexistentes (...) A defesa sequer teve contato com esse laudo;, disse Ricardo Martins de São José Júnior. No final da semana passada, a reportagem da TV Globo teve acesso a detalhes dos laudos do caso Isabella, que ainda não foram divulgados oficialmente.
Para o advogado, a medida ;drástica e necessária; será tomada também porque as investigações estariam se restringindo apenas ao casal. ;Nos causa uma estranheza muito grande a condução do que tem sido feito.;
Outro advogado do casal, Marco Polo Levorin, informou também que ;desencontros; existentes no documento da investigação da polícia reforçaram a necessidade da representação. ;Por que é que foi anunciado 70%, depois disseram 90% (das investigações concluídas pela polícia)? Ora, se existia toda essa elucidação, por que testemunhas vão à delegacia e dizem que não viram nada? Por que testemunhas chaves são questionadas pelas outras testemunhas presenciais? Circunstâncias que passam a retirar a credibilidade da investigação;, disse Levorin.
Levorin citou ainda as testemunhas interrogadas pela polícia que teriam visto Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, em um bar na noite do crime. ;Ela negou o fato, dizendo que não estava no Taberna (bar em que as testemunhas ouvidas pela polícia afirmam que ela estava), mas no Engenho da Vila, confirmado isso por uma testemunha chamada Natália e por um garçom.;