Alexandre Nardoni, pai de Isabella, jogou a filha do 6º andar do Edifício Residencial London. Essa foi a principal conclusão do laudo final feito pelo Instituto de Criminalística (IC). A prova que "pôs o pai na cena do crime" era considerada um trunfo para a polícia e foi mantida em segredo pelos peritos até sexta-feira (18), quando o casal Alexandre e Anna Carolina Jatobá voltou a prestar depoimento.
Um exame mostrou a presença de micropartículas de náilon e de poeira na camisa do pai, as mesmas da tela de proteção da janela de onde a menina foi arremessada em 29 de março. Essas micropartículas ficaram impressas na roupa como uma tatuagem invisível a olho nu. A prova, considerada definitiva pelos peritos por mostrar que Alexandre é o autor do crime, se soma a outras que demonstram a presença do pai no quarto de onde Isabella foi arremessada. [VIDEO1]
Os peritos chegaram à seguinte conclusão: Alexandre entrou no quarto com Isabella no colo. Pôs a menina sobre a cama enquanto cortava a tela de proteção com uma faca e uma tesoura - ele tinha pressa, daí a troca de instrumento, pois o primeiro não cortou direito a tela. Feito o buraco, o acusado apanhou de novo a criança e se dirigiu até a janela. Começou a subir na cama, desequilibrou-se e o pé esquerdo entrou no vão entre as camas, fazendo o assassino deixar uma pegada no lençol.
Depois, o criminoso se aprumou, ajoelhou-se na cama e encostou o peito na tela. Passou as pernas enquanto segurava a criança pelas mãos, a 20 metros de altura. Primeiro, soltou a mão esquerda e, em seguida, a direita. Os dedos da menina deslizaram pelo parapeito, deixando um rastro de sangue. Isabella ainda vivia. Só o impacto da queda é que determinaria a morte.