O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse, nesta terça-feira (12/11), que a retomada do grau de investimento deve ser colocada “como meta” para o Brasil. Ele aproveitou a ocasião para elogiar a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, segundo ele, está “trabalhando intensamente” para que o país volte a ter uma avaliação melhor das agências de risco.
Em 2024, a agência Moody’s foi a única a elevar a nota de crédito do Brasil, de Ba2 para Ba1, o que representa que o país está a um passo do grau de investimento na avaliação desta agência de risco. Já a S&P e a Fitch Ratings não elevaram a nota do Brasil neste ano, até o momento. Esta última, inclusive, emitiu um comunicado recentemente em que demonstra preocupação com os rumos fiscais do país.
O grau de investimento é uma sinalização de que a nação é uma boa credora e que honra os compromissos financeiros que estabelece com outros países. A última vez que o Brasil foi classificado desta maneira foi em 2015, quando perdeu o grau após a crise financeira e política que derrubou o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Sobre recuperar a classificação perdida há quase 10 anos, Mercadante considerou que isto seria essencial para aumentar exponencialmente o leque de investimentos do país.
“É um investimento de muito mais qualidade. Existem grandes fundos ao redor do mundo que só podem ser alocados em quem tem grau de investimento. É um capital que fica”, destacou o presidente do BNDES na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em um evento promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo.
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