Justiça

Marcelo Crivella deixa presídio e vai para a prisão domiciliar

A decisão foi tomada após a defesa de Crivella informar ao ministro que a decisão que concedeu prisão domiciliar ainda não havia sido cumprida pela Justiça.

O prefeito afastado do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) deixou o presídio de Benfica nesta quarta-feira (23/12), por volta de 19h30, e vai para a prisão domiciliar. A soltura foi determinada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, que pouco antes, havia pedido que ele fosse solto imediatamente.

A decisão do presidente do STJ foi tomada após a defesa de Crivella informar ao ministro que uma outra decisão que concedeu prisão domiciliar ainda não havia sido cumprida pela Justiça. O prefeito afastado vai cumprir a prisão domiciliar no seu apartamento, no condomínio Península Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Mais cedo, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), deu início à expedição do alvará de prisão domiciliar. A magistrada também mandou as operadoras de telefonia e de internet a suspenderem os sinais na residência do prefeito.

"Determino que seja expedido mandado de verificação e busca e apreensão a ser cumprido na residência do então paciente, de lá retirando os terminais telefônicos fixos, computadores, tablets, laptops, aparelhos de telefone celular e smart tvs, de forma a dar fiel cumprimento a medida", disse.

Preso por supostos pagamentos de propina

O prefeito do Rio de Janeiro foi preso na manhã de terça-feira (22/12) em uma operação policial em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Crivella foi detido em casa, no bairro da Península, na Barra da Tijuca.

A prisão foi cumprida dentro da Operação Hades, que investiga supostos pagamentos de propina na Prefeitura do Rio, considerada um "QG da Propina" na cidade.

Já a decisão pela prisão domiciliar foi dada na noite da última terça (22/12) pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins. Para ele, a prisão domiciliar deve ser aplicada por conta da pandemia de covid-19.

Pela decisão, Crivella será monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com terceiros e de falar ao telefone. Ele também deverá entregar aparelhos telefônicos, computadores e tablets às autoridades.

Com informações da Agência Brasil