O percurso da chama olímpica pela Nova Caledônia, prevista para 11 de junho, foi cancelado para "dar prioridade ao retorno à calma" no arquipélago francês do Pacífico, onde tumultos violentos já deixaram seis pessoas mortas, disse a ministra dos esportes neste sábado (18).
"Acho que todos entendem, dado o contexto, que a prioridade é consolidar o retorno à lei, à ordem e à calma", disse a ministra dos Esportes, Amelie Oudea-Castera, a repórteres durante uma competição de esgrima em Saint-Maur-des-Fossés, perto de Paris.
A agitação na Nova Caledônia continuou neste sábado, com a sexta morte em seis dias, segundo as autoridades, e uma situação "longe de voltar à calma", de acordo com o prefeito da capital, Nouméa.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro francês Gabriel Attal anunciou o cancelamento da passagem da chama pelo arquipélago durante uma reunião com parlamentares, de acordo com fontes concordantes.
"As forças da lei e da ordem, os militares, estão hoje ocupados em restaurar a calma e a ordem", disse o ministro, que explicou que não há condições no momento para preparar a segurança e a logística necessárias para a passagem da chama olímpica pelo arquipélago.
Os atuais protestos são os mais graves na Nova Caledônia desde a década de 1980 e foram causados por uma reforma eleitoral promulgada em Paris que irritou os indenpendentistas.
A chama olímpica chegou à França em 8 de maio e entrou no país pelo porto de Marselha, depois de viajar de navio da Grécia.
Até a abertura das Olimpíadas em 26 de julho, a chama está percorrendo diferentes partes da França.