MÚSICA

Contagem regressiva para o show dos reis da música sertaneja

A dupla Chitãozinho e Chororó apresenta show neste sábado no Pavilhão do Parque da Cidade, na sequência das comemorações dos 50 anos de carreira, iniciadas no ano passado

Chitãozinho e Xororó desembarcam na cidade para o show da  turnê dos 50 anos de carreira -  (crédito: Marcos Hermes/Divulgação)
Chitãozinho e Xororó desembarcam na cidade para o show da turnê dos 50 anos de carreira - (crédito: Marcos Hermes/Divulgação)
postado em 25/10/2023 03:55 / atualizado em 25/10/2023 13:07

A contagem regressiva para o show de Chitãozinho e Xororó está prestes a acabar. Por onde vai, a dupla arrasta uma legião de fãs e seguidores que são loucos por eles. Tal loucura gera o medo de pensar em perdê-los. Apesar de negarem as aparências e disfarçarem as evidências, não adianta fingir, se não podem enganar o coração, afinal, os cantores e os ouvintes são o sinônimo do amor. A espera acabou e o público brasiliense poderá finalmente ouvir José e Durval dizerem que sim.

Considerados os reis da música sertaneja, Chitãozinho e Xororó desembarcam na capital para um show repleto de amor, alegria e nostalgia. O palco que receberá a dupla, neste sábado,  é o Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, a partir das 20h. Em 2022, os artistas iniciaram as comemorações dos 50 anos de estrada, com uma turnê por várias capitais e cidades do interior.

Os irmãos atingiram a marca de 40 milhões de discos vendidos, 37 álbuns inéditos, 11 DVDs, seis prêmios Grammy, centenas de discos de ouro, platina e diamante, programas de televisão e uma homenagem da X-9 Paulistana, tradicional agremiação de samba da cidade de São Paulo, que contou a história deles.

A dupla gravou o primeiro disco, Galopeira, em 1970, porém, o sucesso veio oito anos depois com 60 Dias Apaixonados, que lhes rendeu o primeiro disco de ouro. Em 1982, veio o reconhecimento do público com o grande sucesso Fio de Cabelo, que vendeu mais de 1,5 milhão de cópias. Ao longo da carreira, Chitãozinho e Xororó criaram clássicos considerados hinos da canção sertaneja, como Se Deus me ouvisse, Fogão de lenha, No rancho fundo, Brincar de ser feliz, Página de amigos e Alô. E, nesta entrevista ao Correio, Chitãozinho e Xororó falam sobre os 50 anos de carreira.

Entrevista:

Como vocês celebram os 50 anos nesse show?

O show todo foi planejado e pensado para percorrer os principais momentos e sucessos dos nossos 50 anos de carreira, como uma linha do tempo mesmo. Desde visualmente, com as imagens no telão, e, claro, também no repertório com canções que marcaram as pessoas e que até hoje o público canta e se diverte com a gente.

Para vocês, qual o sinônimo dessa turnê de 50 anos de Chitãozinho e Xororó?

Essa é difícil! Imagina resumir 50 anos em uma única palavra? Entre tantas opções, trabalho é uma delas. Nada disso seria possível hoje se a gente não tivesse trabalhado muito. E, ainda hoje, a gente não para, estamos sempre preocupados com a qualidade e a experiência em cada um dos nossos shows.

Recentemente, a Globoplay lançou a série As aventuras de José e Durval. Qual o sentimento de ver um produto que materializa um pouco da carreira de vocês?

Foi uma experiência especial, é uma sensação diferente assistir a sua vida sendo contada. Relembramos as dificuldades, as alegrias, nos surpreendemos com o resultado. Muitos fãs pediam para termos um material assim, contando a nossa história, e o retorno está sendo muito positivo, eles se emocionaram, assim como nós. Além, claro, de termos pessoas que, mesmo sem gostar de sertanejo, puderam conhecer a nossa trajetória.

Algo muito legal que aconteceu neste ano foi o tecladista do Bruno Mars tocar a música Evidências. Como vocês se sentem sabendo que os 50 anos de trabalho da dupla não são reconhecidos somente no Brasil, mas também em outros países?

Pegaram a gente de surpresa, foi muito especial! Agora, neste mês, durante a turnê da Sandy pela Europa, os fãs também cantaram em coro Evidências. É muito difícil descrever a sensação, mas a gente sente o carinho das pessoas, A música tem esse poder de ultrapassar as barreiras.

Como vocês se sentem por ser inspiração para uma multidão de músicos e fãs? Qual o legado na música brasileira vocês pretendem deixar?

Da mesma forma que a nossa trajetória inspira muitos outros artistas, as novidades também nos surpreendem. Sempre existe espaço para boa música, com qualidade nos arranjos, nas letras, canções que possam ultrapassar gerações e serem lembradas além do nosso tempo.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

 

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