Nova York - A Assembleia Geral das Nações Unidas concedeu nesta quinta-feira (29/11) o status de Estado observador à Palestina, em uma importante vitória diplomática do presidente Mahmud Abbas contra a posição de Estados Unidos e Israel.
Do total de 188 membros da Assembleia Geral da ONU que votaram, 138 aprovaram o novo status, 9 rejeitaram e 41 se abstiveram.
A votação foi em grande parte apenas simbólica, mas garante aos palestinos o direito de integrar agências e órgãos da ONU.
Este novo status internacional constitui uma grande vitória diplomática, mas expõe as autoridades palestinas a represálias econômicas por parte de Estados Unidos e Israel.
Imediatamente após a votação, os Estados Unidos alertaram que "a decisão equivocada e contraproducente cria mais obstáculos no caminho da paz".
"Por este motivo, os Estados Unidos votaram contra", destacou a diplomata americana na ONU, Susan Rice. "Os grandes anúncios de hoje logo passarão e o povo palestino despertará amanhã vendo que pouco mudou em suas vidas, exceto pela redução das perspectivas de uma paz duradoura", disse Rice. "Esta resolução não estabelece que a Palestina é um Estado".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou severamente o discurso pronunciado pelo presidente palestino, Mahmud Abbas, que precedeu a decisão da Assembleia Geral: "a ONU escutou este discurso repleto de propaganda mentirosa contra o Tsahal (Exército hebreu) e contra os cidadãos de Israel".