Agência France-Presse
postado em 19/04/2012 10:10
Járkiv - Um tribunal da Ucrânia abriu nesta quinta-feira (19/4) um novo processo por fraude e evasão fiscal contra a ex-primeira-ministra e agora líder da oposição Timoshenko, que já cumpre uma condenação de sete anos de prisão. Timoshenko é acusada desta vez de desvio de recursos públicos entre 1997 e 1998, quando era diretora do grupo Sistemas Energéticos Unidos da Ucrânia (SEUU), além de fraude fisca. Segundo o tribunal, as penas podem resultar em uma pena de 12 anos de prisão. Timoshenko divulgou uma carta na qual informa que não comparecerá ao julgamento. De acordo com os advogados de defesa, Timoshenko tem problemas na coluna vertebral e caminha com dificuldades.[SAIBAMAIS]Figura símbolo da Revolução Laranja em 2004, Timoshenko foi condenada em outubro do ano passado a sete anos de prisão por "abuso de poder", por ter assinado em 2009, quando era primeira-ministra, um acordo de fornecimento de gás com a Rússia que o novo governo considerou lesivo para o país. As novas acusações foram apresentados pela administração do atual presidente, Viktor Yamukovych, rival da ex-premier. Vários países da União Europeia condenaram o processo e a detenção de Timoshenko e de vários ministros de seu antigo governo. A assinatura de um acordo de associação com a Ucrânia foi adiada.