Agência Estado
postado em 04/06/2014 11:45
São Paulo- Edgardo Martolio, superintendente e diretor editorial da Editora Caras, em entrevista exclusiva ao Radar Television revela suas passagens favoritas do livro que lança esta semana, "Glória Roubada. O outro lado das Copas". A obra que teve como inspiração o futebol e a relação com regimes políticos é detalhista e surpreendente. Relata como os políticos utilizam a Copa do Mundo para a glória pessoal e para sustentar seus regimes em momentos de crise.Edgardo cita fatos curiosos como o da primeira Copa, de 1930, que aconteceu no Uruguai: Após um período exilado o Rei da Romênia volta ao poder 2 meses antes do mundial e convoca uma seleção que não existia. Ela era formada por operários que não sabiam jogar futebol e tiveram como professores os ingleses, seus companheiros de trabalho.
O autor também fala da relação de Mussolini e Hitler com o futebol. Os ditadores, em 1934 e 1938, utilizaram estes mundiais para ajudar a sustentar seus regimes e destaca sua passagem favorita, onde o jogador austríaco Matthias Sinderlar se nega a jogar pela Alemanha nazista na Copa de 34, e acaba sendo encontrado morto. "Ele preferiu morrer como judeu, a se submeter à Hitler", diz Martolio.
E revela ainda, "Sinceramente estou um pouco desiludido. Eu achava que a Copa no Brasil seria realmente a Copa das Copas". Segundo ele caso haja a vitória do Brasil, a presidente Dilma tem chances de reeleita, mas se o Brasil perder..."os outros 2 candidatos serão beneficiados", completa.
Quem levará a Copa na opinião do autor? "Minha equipe candidata a campeã mundial é a Alemanha", finaliza.