postado em 20/05/2012 19:17
[VIDEO1]Sem querer, o vigilante Henouke de Sousa Maia, 39 anos, filmou o acidente que matou Marcos Abdalla Moraes, 32, na manhã deste domingo (20/5). "Um colega me chamou para ver a corrida e decidi filmar. De repente, apareceu o carro em altíssima velocidade e bateu no ônibus. O impacto foi violento", disse. Segundo Henouke, o motorista não tinha como desviar do coletivo, pois na outra faixa havia uma van. "Creio que ele ainda teve tempo de pensar e não jogar o carro para cima da multidão", completa.Após a batida, várias pessoas desceram dos prédios e pediram as imagens para o vigilante. "Do jeito que ele estava rápido não havia airbag ou cinto de segurança que o salvasse", acredita.
"O rapaz era jovem. Como sou pai sinto o peso da tragédia, pois poderia ter ocorrido com meus filhos. Foi forte demais", afirmou. Segundo o vigilante, a presença de carros em alta velocidade no mesmo lugar onde Abdalla faleceu é frequente. Henouke relatou que, logo depois do acidente, quando a multidão já tinha se dispersado, uma moto passou em apenas um dos pneus, com velocidade acima da permitida para a via. "Falta consciência no trânsito. Com a pista vazia, as pessoas ficam interessadas em testar a potência dos carros. A subida do viaduto não dá visibilidade para o motorista, ele não vê o que está pela frente", afirma Henouke.
O morador da Estrutural ainda estava chocado com o acidente. "Nunca vou esquecer. "Foi mais uma vida ceifada pelo trânsito de Brasília", disse.
O acidente
Marcos Abdalla Moraes, de 32 anos, vinha em alta velocidade, na faixa da esquerda da via que saiu do viaduto que liga a W3 Sul a W3 Norte, quando percebeu que o sinal estava fechado. Ele ainda teria tentado frear, o carro chegou a sair de lado, mas acabou colidindo direto contra a traseira do ônibus .Os dois airbags foram acionados e a vítima usava cinto de segurança, mas nada disso foi suficiente para evitar a tragédia.
A vítima, que estava sozinha no momento do acidente, não resistiu ao impacto e morreu na hora. O carro ficou completamente destruído. A irmã da vítima, muito abalada, foi até o local. Mariana Moraes tinha acabado de deixar a mãe do aeroporto, quando soube do acidente. Como não deu tempo de parar o avião, que faz escala em Manaus, a mãe de Marcos só receberá a notícia da morte do filho quando desembarcar na capital amazonense. Já o pai está no Rio de Janeiro.