postado em 05/09/2011 10:53
Os cerca de 500 integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terras (MLST) iniciaram uma marcha, no começo desta manhã de segunda-feira (5/9), na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) no sentido Parque da Cidade para participar de uma mobilização que luta pela reforma agrária do país. Eles fizeram um percurso de mais de 200 quilômetros (km), de Goiânia (GO) a Brasília e devem ficar acampados até sexta-feira (9/9) no Parque da Cidade, no centro da cidade.Segundo a coordenadora do movimento, Vânia Almeida, o objetivo da concentração dos trabalhadores na capital é discutir temas como o assentamento das 60 mil famílias acampadas pelo país e denunciar os problemas do campo brasileiro como trabalho escravo, concentração de terras, miséria rural, agrotóxicos que envenenam as pessoas, animais, alimentos, água e o Código Florestal.
Durante os dias de acampamento, estão previstos estudos sobre a conjuntura agrária e debates sobre temas importantes para a construção de projeto popular de desenvolvimento do país. ;Vamos dialogar com os estudantes, donas de casa, com os trabalhadores e trabalhadoras e com todo o povo brasileiro para dizer que a luta pela reforma agrária é importante para o desenvolvimento sustentável do país;, destacou a coordenadora.
Outro líder do movimento, Edvaldo de Oliveira, afirmou que representantes devem se reunir com o presidente do Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra), Celso Lisboa de Lacerda, com a presidente Dilma Rousseff e com ministros do governo. As reuniões inda não estão confirmadas.
Por causa do protesto, a administração do Ministério da Fazenda reforçou a segurança no prédio principal do órgão. Na semana passada, um grupo de sem-terra ocupou a entrada do edifício.
O MLST formado por dissidentes do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Com informações da Agência Brasil.